Manhã de segunda-feira.
Cruzo a ponte Maurício de Nassau, distraidamente. Vou ruminando o insólito Recife osmaniano que acabei de ler:
"A caminho da Delegacia Fiscal, atravesso a Avenida Rio Branco e vejo uma aglomeração perto da ponte Buarque de Macedo. Automóveis e ônibus arrastam-se em marcha lenta. Ouço comentários esparsos na esquina do Niágara... há um corpo estendido sobre o calçamento do cais do Apolo. De que morreu? Sabe-se quem é? Um desconhecido, o rosto coberto por jornais. Suicídio ou acidente?"
Afasto-me pensativo a caminho do cais do porto. Leões osmanianos zumbem entre os sobreviventes apressados. Zumbem leões dentro de mim.
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► alea índex
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